Bibliotecas
Gostaria de expressar algumas palavras sobre biblioteca narrando
um pouco da minha vivência à procura de livros para leitura aos 6, 7, 8 anos de
idade. Realmente era um interesse pessoal, pois nesta fase não me lembro da
escola recomendar a leitura de mais um livro a não ser o trabalhado na sala de
aula. Mesmo assim, gostava de todos os didáticos e todos ficaram na minha
memória: ilustrações, textos... Lembro das cartilhas: Sarita, Upa, Upa,
Cavalinho; Livros de Pedrinho e Maria Clara e o de Admissão, onde tenho na
memória uma poesia, que lia em casa com minha mãe. Uma delas a de Vicente de
Carvalho – A flor e a fonte!
Uma vez, minha mãe levou-me ao bairro da Ribeira (bairro antigo de
Natal) e comprou-me um livrinho de fábulas, lembro como hoje era a história de
um pelicano (salvo engano) que tentava pegar alguma coisa dentro de um vidro
comprido e estreito. Era bem ilustrado, fácil de ler. Era bem pequena,
mas já lia pequenos textos. Depois, procurei por outros livros e comecei a
pegá-los na biblioteca que fica pertinho da minha casa, fundada pelo então
Prefeito Djalma Maranhão. Lembro-me de Ali-babá, As mil e uma noites, dentre
outros.
Mais tarde, adolescente as dificuldades aumentaram e ficou mais difícil
conseguir livros. Hoje, fico impressionada com livros disponíveis e poucos
leitores, pois muitos ainda não sabem o significado de uma leitura, que traz
além do conhecimento, desenvoltura com a língua e, sobretudo motivação para
galgar outros mundos e mudar muitos destinos.
Sinceramente quando penso nos livros “abandonados” as lágrimas
brotam dos olhos. Contudo tenho esperança de que a educação reverta esta realidade
e que todos possam gostar de frequentar bibliotecas e ler os
seus livros.
Portanto, nada mais fantástico do que a célebre frase de Monteiro
Lobato:
“Um país se faz com homens e
livros”.